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Telefônica : Oferta de €7 Bilhões para compra da operadora GVT

Telefonica : oferta de compra para GVT

Oferta da Telefonica seria com dinheiro e troca de títulos

Empresa francesa Vivendi que havia renunciado ano passado a venda da GVT por não conseguir valor esperado, anuncia que analisará a oferta da Telefônica.

A transformação da empresa Vivendi pode não estar terminada. Após ter vendido maior parte das suas filiais de telecomunicação nos últimos anos, como recentemente a venda da SFR (segunda operadora da frança) para Numéricable, Vivendi poderia continuar com a venda da GVT (Global Village Telecom) para Telefonica.

Em detalhe, a Telefônica propõe 3,95 bilhões de euros em dinheiro (R$ 12 Bi) e 12% de participação do capital do novo grupo brasileiro fusão da Vivo e GVT. Estima-se um total de 6,7 bilhões de euros (R$ 21 Bi) na mesa. Além disso, a Telefônica explica que poderia vender 8,3% do capital da Telecom Italia para Vivendi.

Segundo a Vivendi, nenhuma das três filiais do grupo (Canal+, Universal et GVT) estaria a venda, adicionando que esta oferta «não solicitada» seria analisada durante o próximo conselho do grupo, no 28 de agosto.

« Nada ainda esta decidido com o calendário, muitas pessoas estão de ferias no momento », explicam na Vivendi. A oferta da Telefônica é válida até o 3 de setembro.

Uma boa oportunidade para Telefônica

Para Telefônica, o Brasil é um mercado altamente estratégico. Uma soma atual de 22% do faturamento do grupo e poderia ficar daqui a pouco o primeiro mercado na frente da Espanha. O mercado brasileiro é sem duvida menos rentável que o mercado domestico da Telefônica mas as suas margens continuam confortáveis. Historicamente, suas marcas sempre foram muito presentes em São Paulo mas menos no restante do pais ao contrário da GVT.

As atividades de GVT e Telefônica Brasil são bem complementares: no seguimento da internet fixa a Telefônica passou de 25% do mercado em 2008 a 19% hoje, em particular com a pressão da GVT e Net. Com essa fusão, o grupo ficaria o líder da internet alta velocidade no Brasil. Também teria um melhor posicionamento no ramo da TV paga, hoje dominada pela América Movil. Com a GVT e seu crescimento importante, o novo grupo ficaria em terceira posição nessa atividade com 7,8% do mercado.

A oportunidade é tentadora para Telefônica pois no mesmo momento alguns dos concorrentes passam por dificuldades. Oi, por exemplo, que tem tido sua fusão com Portugal Telecom atrasada e complicada devido aos recentes problemas do banco português Espirito Santo.

O momento também é interessante, pois a taxa de equipamento de internet alta velocidade atinge somente 35 % e as ofertas combos (fixo-movel-internet-TV) ainda não existem no Brasil.

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